30.3.08

Torre de Hércules, Corunha, Espanha.

Foi concebida por um arquitecto da terra do meu pai – Chaves, outrora Aquae Flaviae por causa das termas que o imperador Flávio mandara erguer, mas isso é outra história. O arquitecto era Galaico Aqui-flaviense, para ser mais rigoroso, e chamava-se Gaio Sévio Lupo. Desde a primeira hora que senti uma afinidade especial com essa construção que agora é monumento. De concepção simples e despojada, o edifício tem um ar robusto e sólido, que nos transmite segurança e protecção, e simultaneamente serenidade, apesar do seu porte altivo, vigoroso e desafiador. Nada de extraordinário ou surpreendente para uma construção que foi concebida para ser um farol de navegação na cidade de Brigantium em pleno século II, no extremo norte da província corunhesa e a menos de dois quilómetros do centro da cidade da Corunha, onde, diz a lenda, Hércules enterrou a cabeça de Gerión depois de o vencer numa batalha, quando foi em auxílio dos súbditos do rei tirano de Brigantium. Extraordinário é o facto da Torre de Hércules ser o único farol romano em todo o mundo a cumprir, ainda hoje, a sua função.

3 comentários:

cristina ribeiro disse...

Passeio lindo, o do dia em que lá fui. O mar, lembro-me, estava bravo...

Anónimo disse...

Naquela costa está quase sempre bravo... ali o mar é macho... ou não fosse a lenda evocar um filho de Zeus e um dos seus 10 trabalhos :).

CPrice disse...

sendo aquela costa conhecida por "Costa da Morte" consigo entender que se mantenha a funcionar até aos dias de hoje ..

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