26.4.08

Algumas objeções a mudanças sutis que me levam a ter, de fato, uma reação negativa a esta conceção de uma nova Língua Portuguesa.

Na Porta do Vento, onde as palavras o vento não as leva, foi-me dado a ler um excelente artigo sobre o já célebre e não menos badalado Acordo Ortográfico, que um Desinfeliz de Juízo já apelidou de aborto ortográfico. No Corta-fitas, o Pedro Correia corta a direito e não é nas fitas, é no dito Acordo. Aqui, e desconversando, fica expressa a minha opinião muito pessoal, não suportada por estudos. Chamem-me conservador, mas quando se trata de ortografia, a palavra que a deve anteceder é regra. Concebo a Regra Ortográfica, não um Acordo Ortográfico. Um Acordo prevê muitas comissões de estudo, muitos debates conduzidos por iluminados e muitas cedências injustificadas para um resultado nefasto. Não lhe chamo evolução da Língua, considero-o o adulterar a Língua Portuguesa, que para além de ser falada, é escrita. Seria de esperar, como já disse alguém, “once in a while”, que às diplomacias e tratados discutidos em gabinetes se dissesse que não. E seria mais honesto, até porque assim já o é de facto, que se assumissem as Línguas como já se falam e escrevem. O Português, o Brasileiro, o Angolano, e por aí fora. Será que é para se manter uma quota visível da Língua Portuguesa? Senhores, o Camões já está farto de dar voltas no túmulo. Deixemo-lo em paz, que ele merece. E a Língua Portuguesa não merece, nem precisa de acordos.

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