18.4.08

O que falta nesta igreja?

Em silêncio, todos os convidados se afastaram abrindo uma ala por onde a noiva, mulher jovem e sorridente, e naquela manhã mais bela que nunca, caminhava de braço dado com pai, feliz, sobre pétalas de rosas brancas até ao padre que os esperava junto do noivo que, gentil e ansioso, com o coração batendo em descompasso, se virou para observar o trajecto da mulher que amava e a quem, minutos depois, juraria fidelidade eterna. À sua passagem a ala ia-se fechando de uma forma ordeira, como um harmónio, enquanto os raios de sol que pareciam desviar as nuvens que cobriam o céu, iluminavam os rostos de todos. O padre esperava a noiva serena e o pai, sob o alpendre que protegia a porta da pequena igreja campestre. Ela quisera casar-se ali, e de branco, no mesmo lugar onde fora beijada pela primeira vez pelo jovem a quem entregara o coração e a quem diria que sim sob juramento supremo. Deu-lhe a mão esquerda, a mesma mão delicada onde uma aliança de ouro seria colocada no dedo anelar pelo homem na sua vida, desejando que da sua vida se tornasse. Tinham uma certeza inabalável de que seriam felizes para sempre.

3 comentários:

ana v. disse...

O sino?

Anónimo disse...

O que eu já me ri av... (risota total). E não é que falta mesmo o sino? Bem vinda... (eu continuando a risada).

ana v. disse...

:)
Ao dispor para mais charadas, Mike. Mesmo que o não sejam...

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