6.12.08

Na blogosfera e da blogosfera.

É curiosa, e simultaneamente estranha, esta sensação que muitos de nós já experimentaram, de pausa na blogosfera. Pausa na blogosfera mas não da blogosfera. No princípio a reflexão sobre o que leva à pausa, seguindo-se a conclusão, já esperada, de não haver apenas uma razão, e de não se conseguir afirmar, ou hierarquizar, com certeza, o peso das razões. Depois a sensação estranha de voyeurismo que, sabendo da existência de site meters, desaparece num ápice. Por fim a melhor parte, a da leitura com um grau de afastamento que quando estou envolvido, ou seja, na blogosfera, dificilmente permite. Nesta, a melhor parte, mesmo quando o tempo se encarregou de abrir umas brechas, senti um turpor inesperado, uma inércia no que diz respeito à escrita, mesmo para comentar. Indo mais longe, e sem me preocupar ou me sentir forçado a definir, diria quase desinteresse. Sou um rooky nisto da blogosfera e porventura alguém mais experimentado dir-me-à que é normal. A verdade é que o pouco tempo livre tem sido ocupado com a leitura e com a escrita, sem vontade de qualquer espécie de a publicar. É momento para uma confissão pública. Não senti saudades. E ainda não sinto, apesar de aqui estar a partilhar estas linhas, depois da pausa mais longa a que, voluntariamente, me sujeitei. É certo que tenho trabalhado desalmadamente, mas também é certo que noutros momentos em que isso aconteceu, nunca sentira este desprendimento cibernético. Não sei se consigo explicar mas é como se não sentisse a mesma falta que sentia. Pode ser que seja por causa da proximidade do Natal. É que o meu grau de afinidade com esta época faz-me sentir um homem novo no dia vinte e seis de Dezembro. Mas sei o que digo porque sei o que sinto. Cada dia que vai passando, menos tenho vontade de navegar. Cansaço? Talvez. Cansaço apenas da blogosfera? Talvez, também. Para quem me leu até aqui, deixo uma mensagem que responde a toda e qualquer interrogação. Continuo bem disposto e alegre, muito feliz e a rir-me todos os dias. E sempre que me apetecer, continuarei a fazer visitas e a desconversar com quem sempre bem me recebeu e a quem gosto de ler. Voltar a postar? Talvez, também.